Publication year: 2025
O Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Familiar (EEESF) identifica necessidades, vínculos e dinâmicas que influenciam a coesão e a funcionalidade do sistema familiar, implementando estratégias suportadas pela evidência científica que promovem a adaptação a situações de doença, especialmente crónica, fortalecendo as relações familiares e garantindo o equilíbrio e o funcionamento saudável da família.
O presente relatório de estágio, inserido no âmbito do Curso de Mestrado em Enfermagem Comunitária na Àrea de Enfermagem de Saúde Familiar reflete o processo de aprendizagem e aquisição de competências do Enfermeiro Especialista em Enfermagem Comunitária Área de Enfermagem de Saúde Familiar.
Objetivos:
Caracterizar os contextos de estágio; descrever e refletir sobre as atividades desenvolvidas para a aquisição de competências Especializadas em Enfermagem de Saúde Comunitária, Área de Enfermagem de Saúde Familiar; apresentar os resultados de um estudo de investigação sobre a funcionalidade e coesão familiar em famílias idosas com membros portadores de doença crónica-Diabetes Mellitus Tipo 2.
Metodologia:
Realizou-se com base nos objetivos do estudo e a questão de investigação um estudo descritivo, exploratório e de abordagem quantitativa, sendo a amostra constituída por 29 elementos, pertencentes a 22 famílias, inscritas na USF. Foram aplicados um questionário de caracterização sociodemográfica; a Escala de APGAR Familiar que avalia cinco itens: Adaptation (Adaptação); Partnership (Companheirismo), Growth (Desenvolvimento), Affetion (Afetividade) e Resolve (Capacidade resolutiva); e a escala Family Adaptability and Cohesion Evaluation (FACES II).
Conclusão:
As atividades clínicas desenvolvidas ao longo do estágio permitiram o desenvolvimento de competências comuns e específicas do Enfermeiro Especialista em Enfermagem Comunitária - Área de Saúde Familiar. Os resultados do estudo indicam que os participantes estão satisfeitos com o cuidado que recebem das suas famílias. Os níveis de coesão e adaptabilidade encontrados caracterizam as famílias como de tipo meio termo, o que é sugestivo de uma maior probabilidade de disfunção familiar. Considerando a família como suporte fundamental para indivíduos com doenças crónicas, é crucial compreender a interdependência entre os seus membros reforçando a importância da intervenção do EEESF na promoção da funcionalidade e coesão familiar com vista ao equilíbrio e bem-estar do sistema familiar.