Intervenções de enfermagem à pessoa com úlcera terminal de Kennedy
Publication year: 2025
Cuidados Paliativos são cuidados de saúde holísticos, ativos, coordenados e globais, prestados por unidades e equipas específicas, a doentes em situação de sofrimento, decorrente de doença incurável e/ou grave, em fase avançada e progressiva, assim como às suas famílias, com o principal objetivo de promover o seu bem-estar e a sua qualidade de vida, através da prevenção e alívio do sofrimento físico, psicológico, social e espiritual, com base na identificação precoce e do tratamento rigoroso da dor e outros problemas físicos, mas também psicossociais, espirituais e apoio no luto.
O presente documento insere-se no âmbito do I Curso de Mestrado em Enfermagem Médico-Cirúrgica, na área de Enfermagem à Pessoa em Situação Paliativa, da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra. Este documento assenta na prática clínica desenvolvida, numa Unidade de Cuidados Comunitários e numa Equipa Intra-Hospitalar de Suporte em Cuidados Paliativos e encontra-se dividido em duas partes.
Na primeira parte, destaca-se o desenvolvimento de competências comuns, bem como as competências específicas do Enfermeiro Especialista em Enfermagem Médico-Cirúrgica, na área de Enfermagem à pessoa em situação paliativa, e neste domínio salienta-se a comunicação, o controlo dos sintomas, o apoio à família (a capacitação de cuidadores/familiares), o apoio no luto e o trabalho em equipa.
Na segunda parte, é realizada uma investigação secundária do tipo scoping review, com o objetivo de mapear a evidência científica existente sobre as intervenções de enfermagem à pessoa com Úlcera Terminal de Kennedy, em cuidados paliativos e/ou em fim de vida e caracterizar as respetivas intervenções de enfermagem à pessoa com Úlcera Terminal de Kennedy, em cuidados paliativos e/ou em fim de vida. O diagnóstico da Úlcera Terminal de Kennedy representa um indicador clínico de que a morte pode ocorrer no período compreendido entre algumas horas até seis a oito semanas.
Os cuidados devem ser centrados na pessoa, com ênfase no controlo sintomático, particularmente no controlo da dor, e na promoção do conforto físico, emocional e espiritual. Deve otimizar-se a dignidade e maximizar a qualidade de vida da pessoa em fim de vida, bem como proporcionar apoio à família e aos seus cuidadores durante esta etapa de vida.