Percepçäo do enfermeiro frente a nova lei do exercício profissional
Publication year: 1989
A importância da prática do exercício diário do enfermeiro decorre do fato de a mesma favorecer a promoçäo humana, a medida que valoriza a promoçäo e manutençäo da saúde, através de uma assitência de enfermagem especializada, qualificada e especializada. O objetivo principal deste estudo é, portanto, propiciar uma reflexäo sobre a prática profissional do enfermeiro e a prática da "Nova" Lei do Exercício Profissional. Investigou-se junto a vinte e seis enfermeiros atuantes em duas instituiçöes hospitalares de Curitiba, procurando saber dos mesmos quem executa o cuidado de enfermagem e como se efetua a prática da assistência, quais os obstáculos que interferem na realizaçäo da mesma. A análise e interpretaçäo dos dados revelaram que a prática assistencial da enfermagem, é dependente da política de trabalho da instituiçäo de saúde que, por sua vez, atua em algumas clínicas especializadas e que na maioria das vezes exerce funçöes administrativas e burocráticas, näo tendo uma pessoa especializada para prestar uma assitência qualificada principalmente ao paciente grave. Com base na literatura pesquisada e nos dados obtidos, infere-se que, para levar o enfermeiro a uma efetiva prática assitencial, torna-se necessário um desligamento dos serviços de gerenciamento das atribuiçöes burocráticas que o torna menos disponível para ajudar o paciente gravemente enfermo e que faz-se necessário uma urgente fiscalizaçäo dos órgäos competentes como COREn (Conselho Regional de Enfermagem) e ABEn (ASSOCIAÇAO BRASILEIRA DE ENFERMAGEM) exigindo das instituiçöes de saúde a presença durante 24 horas do profissional enfermeiro e näo permitindo a delegaçäo das responsabilidades do enfermeiro para ocupacionais que näo säo treinados, nem capacitados para exercerem atividades com grande complexidade, colocando em risco a vida do paciente assistido
