Publication year: 1988
O presente trabalho, de caráter retrospectivo, exibe dois momentos distintos. Primeiramente, procurou-se avaliar e comparar a rotatividade entre enfermeiros, médicos e auxiliares de enfermagem, no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeiräo Preto - USP, no período de 1979 a 1985.
A rotatividade foi mensurada por indicadores globais:
taxas de admissäo e de desligamento, taxas líquidas de substituiçäo, segundo os autores ELY e TANABE, e permanência média, em anos, no emprego. Os resultados obtidos evidenciaram, de modo geral, a categoria enfermeiro com taxas de admissäo e desligamento, taxas líquidas de substituiçäo superiores as demais categorias. Considerando o período todo estudado, os enfermeiros mostraram uma média de permanência no trabalho de 7,26 anos, enquanto os médicos e auxiliares de enfermagem, 13,04 e 21,04 anos, respectivamente. Observou-se, no decorrer do período, um maior incremento no número de novos postos de trabalho para a categoria de médicos (71,4%, seguido pelos auxiliares de enfermagem (35,9%) e enfermeiros (24,7%). Logo, a elevada rotatividade dos enfermeiros, no período analisado, resulta näo da expansäo de admissöes, em virtude da criaçäo de cargos novos para esse profissional, mas sim, das reposiçöes decorrentes dos desligamentos que ocorreram em maior freqüência nesta categoria. No segundo momento do estudo, buscou-se identificar as causas de desligamento dos enfermeiros, também no período de 1979 a 1985. Os enfermeiros apontaram a mudança de cidade, o trabalho em outra empresa e a família como principais razöes para o desligamento. As Universidades (Escolas de Enfermagem) e o setor de Saúde Pública absorveram grande parte do contingente de enfermeiros demitentes. Ao optarem por outro emprego, o fizeram em busca de melhores perspectivas profissionais, condiçöes de trabalho e salários...