Estudo da fadiga mental de enfermeiras atuantes em instituiçäo hospitalar com esquema de trabalho em turnos alternantes

Publication year: 1990

O presente estudo teve como objetivo detectar sintomas e sinais de fadiga mental, em enfermeiras atuantes em instituiçäo hospitalar com esquema de trabalho em turnos alternantes, através de um indicador subjetivo "check-list" e de indicadores objetivos frequência crítica de fusäo da luz (Flicker) e Tempo de Reaçäo simples a estímulo auditivo. Foram analisadas, durante 15 dias consecutivos, as jornadas trabalhadas nos turnos manhä, tarde e noite por 12 enfermeiras das unidades de internaçäo das clínicas médica, cirúrgica e ginecológica de um hospital universitário governamental. A análise dos resultados sugere que a grande alternância existente entre os turnos é prejudicial à saúde e à vida sócio-familiar e profissional desses sujeitos. Haja visto que, em apenas uma semana, a enfermeira pode trabalhar em três turnos diferentes. As enfermeiras revelaram insatisfaçäo pelo esquema de trabalho adotado e apresentaram sintomas e sinais de fadiga mental.

A incidência dos sintomas ocorreu na seguinte ordem:

turno da noite > turno da manhä > turno da tarde, quando comparados os valores obtidos no início e final da jornada trabalhada, com evidência dos sintomas relativos a embotamento e distúrbios do sono.

Indícios de fadiga mental foram detectados através da verificaçäo do Flicker na ordem:

turno da manhä > turno da noite > turno da tarde, quando comparados os valores no início de final dos turnos. Em contrapartida, através da verificaçäo do tempo de reaçäo simples, os indícios foram detectados da seguinte maneira, turno da noite > turno da manhä > turno da tarde em relaçäo aos dados obtidos no início e final dos turnos trabalhados.