Publication year: 1999
Para compreender como a enfermeira constrói o Sentido do Ser na condiçäo existencial do conflito ético manifestado em seu mundo, foi realizado este estudo no referencial fenomenológico, trabalhado na hermenêutica à luz heideggeriana. Participaram desta peaquisa cinco enfermeiras de cursos de Pós graduaçä na área de enfermagem, sensu lato, que deram depoimento sobre como vivenciaram o conflito ético e construíram o sentido do Ser a partir de si mesmas. Mediante a Analítica Existencial obteve-se as Unificaçöes Ontológicas: 1. O modo de ser aí ético da enfermeira 2.
A impessoalidade como presença na na enfermagem:
abertura para construçäo do Ser 3. A enfermeira diante da ambiguidade em sua convivência mundana 4 A angústia da enfermeira como processo ontológico-existencial 5. O cuidado e a solicitude como modo de ser no mundo da enfermeira. Essas unificaçöes ontológicas desvelaram os conflitos éticos da enfermeira vivenciados em seu mundo junto aos entes intramundanos. Säo eles:
a instituiçäo como espaço da moralidade, falta de liberdade para expressaem o que sentem, a impropriedade dos colegas de trabalho, a insensibilidade dos colegas para perceberem a dimensäo ética do problema, ter que conviver com princípios que näo säo seus, sensaçäo de impotência ante as decisöes éticas, medo de constatar "erros" já previamente previstos para acontecer, relutância para "romper" as rígidas normas da Instituiçäo, dificuldade para distinguir o autêntico do inautêntico, sentir temor e angústia como algo habitual e näo existencial, fuga à condiçäo existencial da morte, presenciar a impessoalidade no cuidado ao paciente em morte encefálica e caracterizar o cuidado de enfermagem como superficial