Perfil diagnóstico de enfermagem de pacientes vítimas de trauma admitidos em CTI, à luz do referencial teórico de Roy
Publication year: 2000
Os traumas são, na atualidade, um grande problema de saúde pública, sendo sinônimo de uma estatística preocupante e redundando em enormes custos pessoais e sociais. Compreendendo a importância da temática, desenvolveu-se um estudo descritivo, utilizando como marco teórico o Modelo de Adaptação de Roy, cujo objetivo geral foi o de estabelecer, à luz de componentes específicos do modo fisiológico de adaptação, um perfil dos diagnósticos de enfermagem que ocorrem com maior freqüência em pacientes vítimas de trauma, admitidos em CTI. A pesquisa foi realizada em um hospital da rede pública de saúde, do município de João Pessoa - PB, considerado unidade de referência para atendimento a emergências médicas, cirúrgicas e traumatológicas. A população do estudo foi constituída por pacientes vítimas de trauma, independente de sexo ou idade, encaminhados para o Centro de Terapia Intensiva dessa instituição, após atendimento inicial na Unidade de Emergência. Para a organização da amostra determinou-se um recorte temporal, durante o qual foram coletados os dados de vinte e dois pacientes, dentre os quais 21 (95,5 por cento) eram do sexo masculino e 1 (4,5 por cento) do sexo feminino. As faixas etárias predominantes foram as de 15 a 30 (40,9 por cento) e de 31 a 46 anos (31,8 por cento). As quedas (36,4 por cento) e os acidentes automobilísticos (31,8 por cento) representaram os principais mecanismos de ocorrência do trauma, seguidos de agressão/violência (27,3 por cento) e da tentativa de suicídio (4,5 por cento); o tipo fechado de trauma incidiu em 36,3 por cento, o aberto em 36,3 por cento e o misto em 27,3 por cento dos casos. Houve uma maior freqüência de politraumatismo em pessoas nas faixas atárias de 15-30 (41,7 por cento) e de 31-46 anos (41,7 por cento) com um percentual acumulado para essas faixas etárias de 83,4 por cento. Foram firmados para esses pacientes 20 diferentes diagnósticos de enfermagem, com um total de 239 afirmativas diagnósticas e média aproximada de 11 diagnósticos por paciente. Por componente do modo fisiológico de Roy, 85 afirmativas dignósticas (35,6 por cento) pertenciam a oxigenação; 50 (20,9 por cento) a proteção; 39 (16,3 por cento) a fluidos e eletrólitos; 27 (11,3 por cento) a função neurológica; 15 (6,3 por cento) a sentidos; e 6 (2,5 por cento) a eliminação. Dentre os 20 diferentes diagnósticos de enfermagem, 9 (45 por cento) alcançaram uma freqüência maior igual 50 por cento na amostra de casos estudados e passaram a ser