Qualidade de vida de adultos com câncer colorretal, com e sem ostomia
Publication year: 2002
O objetivo deste estudo foi analisar e comparar a qualidade de vida dos doentes com câncer colorretal, com e sem ostomia, atendidos pelo SUS na 14ª Divisäo Regional da Secretaria de Saúde de Estado de Säo Paulo. Trata-se de um estudo descritivo, do tipo transversal, com abordagem quantitativa. Inicialmente, o estudo foi submetido ao Comitê de Ética de Pesquisa em Seres Humanos da Faculdade de Medicina de Marília e, após aprovaçäo, procedeu-se ao rastreamento da populaçäo e posterior coleta de dados. Para esta, utilizou-se um instrumento contendo os dados sócio-demogróficos e clínicos da populaçäo e a escala World Health Organization Quality of Life-bref (WHOQOL-bref) que foi desenvolvida pelo Grupo de Qualidade de Vida da OMS e adaptada à língua portuguesa por Fleck et al. O WHOQOL-bref é composto por 24 questöes distribuídas em quatro domínios: Físico, Psicológico, Relaçöes Sociais e Meio ambiente e duas questöes que medem qualidade de vida geral. O instrumento mostrou propriedades psicométricas satisfatórias para este estudo quanto à consistência interna, à validade de constructo e à validade de critério concorrente. Quanto à casuística, de um total de 110 pessoas com diagnóstico de câncer colorretal no período de 1995-2000, excluídos os näo sobreviventes, os residentes fora da DIR-14, aqueles sem condiçöes para entrevista e os que näo foram localizados, totalizou 48 indivíduos que compuseram 2 grupos, conforme a ausência (31 doentes ou 64,6 porcento) e presença (17 doentes ou 35,4 porcento) do estoma. Após as entrevistas, os dados coletados foram submetidos as análises estatísticas descritiva e inferencial. Para as pessoas sem ostomia houve predomínio de homens (54,85), com idade entre 47 e 67 anos (58,1 porcento) e média de 60,9 anos (DP=12,07), com ensino fundamental (51,66), vivendo com companheiro (64,5 porcento), católicos (90,3 porcento), exercendo atividades remuneradas (41,9 pocento), que näo estavam recebendo tratamento adjuvante (80,6 pocento), operados há mais de 1 ano (72,4 porcento), com tempo médio após a cirurgia de 32,6 meses (DP=21,8) e com outras doenças associadas (67,75). No grupo de pessoas com ostomia houve predomínio de homens (58,8 porcento), com idade superior a 68 anos (64,7 porcento) e média de 66,5 anos (DP=15,95), näo alfabetizados (47,1 porcento), sem companheiro (52,9 porcento), católicos (64,7 porcento), exercendo atividades remuneradas (52,9 porcento), sem retorno ao...