A utilizaçäo das terapias complementares de saúde associadas à terapia convencional, por pacientes portadores de patologias oncológicas e onco-hematológicas

Publication year: 2002

Este estudo avaliou os pacientes portadores de patologias oncológicas e onco-hematológicas que utilizam a terapia convencional associada às terapias alternativas e complementares ao tratamento. Objetivou caracterizar e identificar os pacientes que fazem uso e os que näo empregam tais práticas complementares de saúde, quanto ao tipo, motivo, tempo de uso e resultados obtidos e os que näo as utilizam, mas já empregaram anteriormente. A populaçäo estudada compôs-se de 86 pacientes adultos atendidos no ambulatório transfusional da Fundaçäo Pró-Sangue Hemocentro de Säo Paulo, oriundos do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Säo Paulo (HC) e do Sistema Unico de Saúde (SUS), que se submeteram à terapêutica transfusional no período de setembro a novembro de 2000. Os dados foram colhidos pela pesquisadora, empregando um formulário tipo entrevista individual. O referencial teórico de HILL (s/d) foi utilizado como padronizaçäo da classificaçäo das práticas complementares de saúde. Nesse período, observou-se que dos 86 pacientes atendidos, 28 (32,56 porcento) usam atualmente as práticas complementares, 58 (67,44 porcento) näo as utilizam e 41 (47,68 porcento) já as empregaram anteriormente. A Fitoterapia (73,03 porcento) no uso das ervas medicinais predominou entre as práticas utilizadas pelos pacientes. Assim, os motivos mais alegados foram: a indicaçäo de familiares, amigos e parentes (35,49 porcento) e foi observada uma melhora do estado geral (35,39 porcento). O tempo médio de uso de 14,13 meses, cujos resultados obtidos foram: o revigorante (22,22 porcento) e o calmante e o antidepressivo (11,11 porcento). Dentre os que utilizam essas práticas, 64,28 porcento registraram algum resultado positivo nesse uso. Dos 41 (47,68 porcento) pacientes que já utilizaram anteriormente, 39,38 porcento perceberam melhora do estado geral, mas 36,7 porcento pararam de utilizá-la por falta de recursos financeiros para isso. Notou-se com a presente pesquisa que a populaçäo doente vem buscando uma assistência mais completa e, portanto, mais humanitária, requerendo profissionais com habilidade e conhecimentos a respeito de tais práticas complementares para que seu uso seja correto, efetivo e relevante