Capacidade para o trabalho de enfermeiros de um hospital universitário: interface entre o pessoal, o laboral e a promoção da saúde

Publication year: 2011

Trata-se de uma pesquisa quantitativa, com delineamento transversal a partir do levantamento de dados survey, que objetivou avaliar a capacidade para o trabalho de enfermeiros do Hospital de Clínicas de Porto Alegre RS e suas características laborais, hábitos de vida e as medidas de promoção da capacidade para o trabalho. Definiu-se como população do estudo enfermeiros em atividade no hospital. A amostra foi composta por 195 enfermeiros selecionados aleatoriamente. Foi utilizado o instrumento Índice de Capacidade para o Trabalho, validado no Brasil. A leitura dos dados foi realizada pelo Software Sphinx, sendo os mesmos convertidos para o SPSS, V.15 para análises estatísticas. Foram realizadas análises estatísticas descritivas e analíticas; utilizou-se confiança de 95%, a significância de 5%. Os dados mostram que 94,5% dos enfermeiros do hospital são do sexo feminino; com idade média de 42,6 anos (dp=8,5); 66,5% casados ou com companheiros; 76,7% possuem pós – graduação; 92,8% atuam diretamente na assistência. Quanto ao turno de trabalho 36,0% são da noite; 28,4% da manhã e 20,8% da tarde. Trabalham no hospital em média há 14,0 anos (dp=9,4), e no turno atual, em média, há 9,4 anos (dp=8,7), 87,4% dizem sentir-se satisfeitos frequentemente, 56,8% sentem se valorizados, 85,2 %, não trabalha em outra instituição e estão 70,0% satisfeitos com o seu salário. O escore médio de ICT dos enfermeiros atingiu 41,8 pontos e houve correlação significativa com a remuneração (p-valor<0,05). Há evidências de diferença estatística do ICT médio relacionado à satisfação com o local de trabalho (p-valor=0,001), sentimento de valorização por parte da instituição (p-valor=0,003), e turno de trabalho (p-valor= 0,032)...