Conhecimento e adesão às medidas de biossegurança entre manicures e pedicures
Publication year: 2013
As atividades desenvolvidas nos estabelecimentos de beleza e estética vêm despertando a preocupação de pesquisadores quanto ao risco envolvendo a transmissão dos vírus das hepatites B, C e da Imunodeficiência Humana. A inquietação está na possibilidade do desconhecimento e falta de adesão entre os profissionais às recomendações de biossegurança preconizadas por agências nacionais e internacionais, visando à minimização do risco ocupacional.
Este estudo teve por objetivo geral:
Analisar o conhecimento e a adesão entre manicures e pedicures em relação às medidas de biossegurança e como objetivos específicos: Caracterizar o perfil sociodemográfico de manicures/pedicures; Verificar a adesão e o conhecimento dos profissionais às medidas de precauções padrão e o estado sorológico para as hepatite B e C; Identificar as condições de processamento de artigos e desinfecção de superfície; Estimar a ocorrência de acidentes com material perfurocortante; Descrever a conduta imediata adotada após os acidentes; Determinar os principais fatores associados à adoção das medidas de biossegurança pelos profissionais. Tratou-se de uma pesquisa transversal, do tipo survey, realizada no período de junho de 2012 a março de 2013, em Belo Horizonte. A amostra foi calculada a partir de 600 estabelecimentos cadastrados, com alvará de funcionamento. Os dados foram tabulados, tratados pelo programa Statistical Package for the Social Sciences e analisados por métodos estatísticos descritivos, teste qui-quadrado de Pearson ou exato de Fisher e regressão logística com proporção de acertos nas questões de adesão e conhecimento dicotomizadas pela mediana. Foram entrevistadas 235 profissionais, todas do sexo feminino, com mediana de acertos nas questões de conhecimento às medidas de biossegurança (66%) superior à de adesão (61%). Houve maior adesão (p < 0,05) entre as profissionais com idade acima de 31 anos (58,6%), com menor número de filhos (60%) e mais tempo de trabalho no ramo (57 %)...
The practice inside Beauty and Aesthetic establishments have attracted the concern of researchers regarding the risk involving the transmission of hepatitis B, C and Human Immunodeficiency. The anxiety stays on the possibility of ignorance of the professionals and their lack of adherence to recommendations of biosafety preconized by national and international agencies, in order to minimize occupational risk and to the customers.