Significado de demandas de cuidados de pessoas que vivenciam úlceras crônicas de membros inferiores: contribuições para enfermagem

Publication year: 2016

Introdução:

Conhecer as demandas de cuidados das pessoas que são afetadas por úlceras crônicas de membros inferiores a partir de uma perspectiva de apreensão integral do ser humano entusiasma a ponderação sobre a natureza do cuidado na área em tela, o que é essencial para a enfermagem como disciplina e profissão.

Objetivo geral:

Analisar os significados atribuídos as demandas de cuidado pelas pessoas com úlcera crônica de membro inferior. O Interacionismo simbólico foi utilizado como referencial teórico, tendo aproximação com a enfermagem a partir do momento que cria possibilidades para o desenvolvimento do cuidado humano interativo.

Referencial Metodológico:

A Teoria Fundamentada nos Dados assumiu o pólo morfológico e o pólo técnico do estudo. As cenas sociais foram as unidades de saúde de Jardim Camburi e de Maruípe. Para a produção dos dados foram realizadas entrevistas utilizando o roteiro semi-estruturado, com 4 grupos amostrais, totalizando 20 pessoas que atenderam aos critérios de inclusão.

Resultados:

Após o processo de codificação dos dados, apresenta-se como fenômeno central: Protagonizando a vida com úlceras crônicas de membros inferiores a partir do significado das demandas de cuidado, gerando a Tese: As pessoas afetadas por úlceras crônicas de membros inferiores expressam suas demandas de cuidado valorizando majoritariamente a dimensão biofisiológica, o que implica negativamente no cuidado de si, favorecendo a cronicidade do agravo, sendo necessárias ações e atitudes profissionais de cuidado, que compartilhem o conhecimento, os saberes e as práticas, em prol do advento da consciência crítica, da autonomia libertadora, da postura cidadã e da ressignificação multidimensional do ser.

Considerações finais:

Observa-se a complexidade e ao mesmo tempo o desafio em apontar que para além da reflexão se faz necessária uma reorganização individual e coletiva que supere/desconstrua um processo de aprendizado e significados centrado no cuidado técnico, para um processo de subjetivação que supõe alterar atitudes, mobilizar para novos significados, em uma nova relação de compromisso, colaborando para a mudança no sistema de cuidados na atenção básica de saúde.(AU)