Fator de proteção aliado a religiosidade e padrão de consumo de álcool e tabaco em usuários na estratégia saúde da família
Publication year: 2014
O presente estudo teve como objetivos identificar a associação entre religiosidade e consumo de álcool e tabaco, em uma população atendida na Estratégia Saúde da Família, em uma comunidade do município do Rio de Janeiro - RJ. Para tanto, realizou-se um estudo quantitativo transversal com 363 indivíduos residentes em área adscrita à equipe Mineira da Clínica da Família Sérgio Vieira de Mello, localizada no bairro do Catumbi, RJ, Brasil. Os indivíduos responderam a um instrumento que continha, além da Escala de Religiosidade da Duke – DUREL e o questionário Alcohol, Smoking and Substance Involvement Screening Test, variáveis de caracterização sociodemográficas. No software SPSS versão 19.0 foram realizadas análises bivariadas, verificando a associação entre a variável religião e a frequência do consumo de álcool e tabaco, adotando-se nível de significância de 0,05. A regressão logística foi utilizada como procedimento de análise multivariada para controlar as possíveis variáveis de confusão naquelas que apresentaram p-valor < 0,10. Dos 363 indivíduos entrevistados, 86,0% faziam consumo de baixo risco de álcool e 14,0%, consumo moderado/alto risco. No tabaco, 81,3% faziam consumo de baixo risco para o tabaco e 18,7% faziam consumo moderado/alto risco. Foram identificadas maiores chances de consumo problemático de álcool no sexo feminino. E os de cor da pele não branca apresentaram uma menor chance para o consumo de tabaco. Não frequentar a igreja evidenciou 3 vezes mais chances de se ter um consumo problemático de álcool e tabaco. E acreditar em um ser superior mostrou-se um fator protetor para o consumo problemático dessas substâncias. É importante enfatizar as ações de promoção de saúde, com ênfase na redução de consumo de bebidas alcoólicas e do tabaco entre os grupos que apresentaram maiores chances de exibir um padrão de consumo problemático, de forma a evitar manutenção de tal padrão, bem como sua evolução para casos de dependência.(AU)