Promoção da saúde à mulher na atenção ao parto: comportamentos específicos e atuação da enfermeira no programa cegonha carioca
Publication year: 2017
As Enfermeiras do Programa Cegonha Carioca (PCC) atuam no atendimento direto à mulher, seja em sua residência com o módulo transporte ou no acolhimento das maternidades. Entende-se que essas profissionais de saúde exercem influências e impactam nos comportamentos da mulher durante o parto. Sendo assim, a enfermeira torna-se um agente promocional de saúde, conforme defendido por Nola Pender. O estudo teve por objetivos descrever as influências narradas pelas enfermeiras na Atenção ao Parto no PCC; caracterizar os comportamentos que determinam a atuação das enfermeiras do PCC na promoção da saúde da mulher na atenção ao parto e analisar a atuação da enfermeira do PCC na promoção da saúde da mulher na atenção ao parto. Foi utilizado o método de narrativas de vida, com a realização de 20 entrevistas com enfermeiras que atuam no Programa Cegonha Carioca nos módulos de transporte (ambulância) e acolhimento em duas maternidades municipais. A entrevista contou com a seguinte pergunta norteadora “Fale-me a respeito de sua história de vida que tenha relação com a atenção ao parto e nascimento no Programa Cegonha Carioca”, sendo todas gravadas, transcritas e examinadas por meio de análise comparativa e compreensiva das narrativas. A pesquisa teve aprovação dos Comitês de Ética em Pesquisa da EEAN/HESFA/UFRJ CAAE nº 55254116.3.0000.5238, e da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro (SMS/RJ) CAAE nº 55254116.3.3001.5279. Como resultados, obtiveram-se duas categorias, a saber: 1) Panorama da assistência obstétrica no Rio de Janeiro - um modelo em transição na atenção ao parto; 2) Atuação da Enfermeira na perspectiva promocional de saúde: fatores e influências para a maternidade segura. Nesse sentido, conclui-se que a promoção da saúde na atenção obstétrica se expressa por meio das políticas públicas, nas quais a Enfermeira assume a responsabilidade de desenvolver ações individuais e coletivas, de sua competência legal e ética, visando à qualidade de vida, autonomia e estímulo ao autocuidado, principalmente através da educação em saúde como prática aplicada em todos os níveis de atenção e voltada à mulher, família e comunidade. Por sua vez, isso motiva mudanças de um paradigma tecnocrático para um paradigma humanizado na perspectiva da maternidade segura da atenção ao parto normal.(AU)