Conhecimento, atitude e prática de mulheres acerca de medidas de controle para o câncer de mama

Publication year: 2017

O câncer de mama é o tipo de câncer que mais acomete as mulheres em todo o mundo, respondendo por 22% dos casos novos a cada ano. O enfermeiro assume papel essencial nas ações de controle do câncer de mama. Porém o sucesso do programa de controle do câncer de mama é diretamente dependente, entre outros fatores, da participação das usuárias, já que as mesmas devem comparecer às consultas ginecológicas, realizar os exames, participar de atividades educativas e colocar em prática os conhecimentos adquiridos. Tendo em vista a importância de estratégias para redução da mortalidade por câncer de mama e o papel das mulheres assistidas na atenção primária, o estudo teve como objetivo avaliar o conhecimento, atitude e prática das mulheres acerca de ações de controle para o câncer de mama. Trata-se de um estudo avaliativo, de corte transversal, com a utilização do Inquérito Conhecimento, Atitude e Prática (CAP). O estudo foi desenvolvido no município de Fortaleza-CE. Foram elencadas 43 Unidades de Atenção Primária à Saúde distribuídas entre as seis Secretarias Executivas Regionais. As usuárias que são acompanhadas pela ESF e que estão na faixa etária de risco para incidência do câncer de mama (> 20 anos), segundo o Ministério da Saúde, compuseram a amostra, que totalizou 387 mulheres.

Os dados foram coletados a partir de uma entrevista utilizando dois instrumentos:

o questionário adaptado de Oliveira (2014) e o questionário que corresponde ao Critério de Classificação Econômica Brasil da Associação Brasileira de Empresa de Pesquisa (ABEP). Os dados foram analisados com base na estatística analítica e apresentados através de tabelas e gráficos com frequências absolutas e relativas. Os resultados nos mostraram que 368 mulheres (94,8%) tiveram conhecimento adequado, porém 214 (55,1%) apresentaram atitude inadequada e 279 (71,9%) prática inadequada em relação aos métodos de detecção precoce do câncer de mama. Esses fatores foram influenciados pela idade e Secretária Regional Executiva (SER) em que as mulheres residiam. Esse conhecimento acerca das características da população, com identificação das lacunas no saber, dificuldades para a adesão aos exames e o comportamento cultural das mulheres subsidia as ações dos profissionais da saúde, guiando-lhes no desenvolvimento de técnicas e estratégias para mobilização da população para adoção e manutenção de um comportamento saudável que direcionem ao autocuidado e promoção da saúde.(AU)