Publication year: 2013
Situação-problema: A automedicação é uma prática comum pelos trabalhadores de enfermagem e podem acarretar riscos a saúde quando não realizada de forma segura. O objeto de pesquisa é o uso da automedicação pelos trabalhadores de enfermagem no contexto da terapia intensiva oncológica.
Objetivo geral:
Conhecer os motivos e valores que levam os trabalhadores de enfermagem em terapia intensiva oncológica a utilizarem a automedicação.
Objetivos específicos:
Identificar as concepções sobre o uso da automedicação pelos trabalhadores de enfermagem em terapia intensiva oncológica; Analisar no discurso do sujeito coletivo o significado da adoção da automedicação; Criar estratégias de comunicação que atendam ao trabalhador e orientem o uso seguro da automedicação.
Método:
Pesquisa qualitativa, exploratória e descritiva, com apoio da técnica de Análise do Discurso do Sujeito Coletivo. Os dados foram coletados na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital do Câncer II – INCA-RJ. Os participantes foram 25 trabalhadores de enfermagem. A coleta de dados se deu a partir de um roteiro de entrevista e um questionário e os dados organizados através do software Qualiquantisoft.
Resultados:
A automedicação é realizada pelos trabalhadores de enfermagem e os medicamentos mais utilizados são os analgésicos e os anti-inflamatórios, apresentando reações adversas e revelando ainda o uso de drogas psicoativas. O acesso se dá entre outros pela facilidade de uso de medicamentos disponíveis no setor, uso de prescrições cedidas por médicos que trabalham nos hospitais ou com medicamentos cedidos por conhecidos. Aparecem como motivos para uso da automedicação o excesso de carga horária, o conhecimento desenvolvido com as medicações, a facilidade de obter os medicamentos além do hábito cultural da população brasileira, afirmando que trabalhar na enfermagem está diretamente relacionado com a prática da automedicação.
Conclusão:
Faz-se necessário uma revalidação do autocuidado, haja vista que a negligência do cuidado de si, abdicar do tempo para si em prol do trabalho, remete a preocupação com o uso indiscriminado da automedicação. Os fatores educacionais podem contribuir para a automedicação mais segura e para a redução dos riscos. Vemos a necessidade de desenvolver projetos de educação em saúde para redução dos agravos decorrentes da automedicação
Problem situation:
Self-medication is a common practice by the nursing staff and may cause health risks if not held securely. The object of research is the use of self-medication by nursing staff in the context of oncology intensive care.
Overall Objective:
To know the reasons and values that lead workers in oncology nursing to use self-medication intensive care.
Specific Objectives:
To identify the conceptions of self-medication by nursing staff in oncology intensive care; Analyze the collective subject discourse the significance of the adoption of self-medication; Create communication strategies that meet the employee and guide the safe use of self-medication.
Method:
A qualitative, exploratory and descriptive study, with support from technical analysis of the Collective Subject Discourse. Data were collected in the Intensive Care Unit of the Cancer Hospital II - INCA - RJ. Participants were 25 nursing workers. Data collection occurred from a structured interview and a
questionnaire and data organized by Qualiquantisoft software.
Results:
Self-medication is carried out by nursing staff and medicines are the most widely used analgesic and anti-inflammatory, with adverse reactions and also revealing the use of psychoactive drugs. Access is among others the ease of use of medicines available in the industry, use of prescriptions sold by doctors working in hospitals or transferred by known drugs. Appear as reasons for self-medication excess workload, the knowledge developed with medications, the ease of obtaining drugs beyond the cultural habits of the population, claiming to work in nursing is directly related to self-medication.
Conclusion:
It is necessary revalidation of self-care, given that the neglect of self-care, time for you to abdicate in favor of labor, leads to concern about the indiscriminate use of self-medication. Educational factors may contribute to self-medication safer and to reduce risks. We see the need to develop projects in health education to reduce injuries resulting from selfmedication