Publication year: 2017
O Alzheimer ocasiona perda de autonomia e independência no idoso, fazendo com que ele necessite de assistência direta de cuidadores. No contexto familiar, é preciso que o cuidador informal busque, compreenda e compartilhe as informações acerca do cuidado ao idoso. Acredita-se que quanto maior a Alfabetização em Saúde do cuidador informal do idoso com Alzheimer, melhor será a assistência prestada por ele. Objetivou-se avaliar a Alfabetização em Saúde de cuidadores informais de idosos com Alzheimer. Estudo instantâneo, de abordagem qualitativa, realizado com 42 cuidadores informais de idosos com Alzheimer do Ambulatório do Centro de Atenção ao Idoso em Fortaleza. Os cuidadores foram selecionados intencionalmente e por conveniência.
Os critérios de inclusão foram:
ser cuidador informal de idoso com Alzheimer cadastrado no ambulatório; ser o responsável principal pelo cuidado; estar acompanhando a pessoa idosa em algum atendimento. Para coleta de dados utilizou-se o questionário sociodemográfico do cuidador e do cuidado ao idoso e o instrumento Health Literacy. A análise dos dados quantitativos deu-se através do software Statistical Package for the Social Sciences versão 20.0. Para o tratamento dos dados qualitativos utilizou-se o software Interface de R pour les Analyses Multidimensionnelles de Textes et de Questionnaires versão 0.6 e a análise qualitativa de conteúdo proposta por Mayring. Os níveis de Alfabetização em Saúde foram analisados tendo-se como referência a classificação da Organização Mundial de Saúde. A pesquisa teve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Ceará, com parecer n° 1.457.063. Os cuidadores foram em sua maioria mulheres, com sobrecarga de trabalho, déficit de conhecimento e sem suporte social de apoio. Quanto à classificação da Alfabetização em Saúde houve prevalência dos níveis funcional e conceitual. Os cuidadores buscaram informações sobre os cuidados com os medicamentos do idoso nos serviços de saúde. No que concerne à compreensão das informações recebidas, apesar de relatarem compreenderem-nas, alguns cuidadores permaneceram com dúvidas. A família foi o principal meio de compartilhamento das informações recebidas pelos cuidadores. A participação em grupo de apoio foi um recurso favorável ao cuidador. Nessa perspectiva, faz-se necessário que o enfermeiro forneça suporte ao cuidador informal do idoso com Alzheimer, estimulando-o a participar do grupo de apoio, de reuniões educativas e cursos de capacitação ao cuidador ofertados pelo serviço.(AU)