Incidência do diagnóstico de enfermagem recuperação cirúrgica retardada na rede suplementar de saúde
Incidence of the delayed surgical recovery nursing diagnosis in the private healthcare system
La incidencia de diagnóstico de enfermería de recuperación quirúrgica retardada en la red de salud privada

Publication year: 2017

Introdução:

A identificação acurada do diagnóstico de enfermagem Recuperaçãocirúrgica retardada (código 00100) pode auxiliar no planejamento do cuidado, proporcionando a segurança cirúrgica para prevenção de danos ao paciente.

Objetivo:

Avaliar o diagnóstico de enfermagem recuperação cirúrgica retardada em pacientes cirúrgicos da rede suplementar de saúde.

Método:

Trata-se de um estudo de coorte prospectiva com uma amostra aleatória simples de 144 participantes. Com esse tamanho amostral pode-se afirmar que as proporções identificadas consideram-se ao nível de confiança de 95% e a erros percentuais máximos de 8,37%.

Foram critérios de inclusão:

idade igual ou superior a 18 anos; estar no segundo dia de pós-operatório, ou seja, pós-operatório mediato de cirurgias urológicas ou cirurgia geral; que puderam ser acompanhados até o momento da alta hospitalar e que apresentaram disponibilidade para atender uma ligação telefônica após um mês da alta hospitalar.

Critérios de exclusão:

pacientes em reinternação para revisão cirúrgica de procedimento realizado nos últimos 60 dias. A coleta de dados foi realizada no período de março a setembro de 2016 por meio do instrumento de produção de dados, cujas variáveis foram as características definidoras e os fatores relacionados do diagnóstico de enfermagem recuperação cirúrgica retardada. Os dados sociodemográficos e clínicos provenientes da análise documental de consulta ao prontuário também foram coletados e decodificados através de instrumento de avaliação. Para a análise dos dados, utilizou-se o programa SPSS (Statistical Package for the Social Science), versão 22.0, e o programa Microsoft Excel 2007.

Resultados:

A incidência de Recuperação cirúrgica retardada foi estimada em 6,9%. O tempo de internação total (0,026) e o tempo de internação pós-operatório (0,001) foram distintos nos dois grupos. A ocorrência do diagnóstico não esteve relacionada à idade (0,505), nem ao sexo do paciente (0,745); ou ao tipo de cirurgia, se geral ou urológica (0,309). Apendicectomia foi a cirurgia mais incidente estimada em 5,3%, juntamente com a Remoção de Cálculo Renal, estimada em 7,1%.

As características definidoras do Diagnóstico que estiveram significativamente associadas foram:

Mobilidade Prejudicada (0,033); Perda de apetite (p 0,011); Precisa de ajuda para o autocuidado (0,038) e Desconforto (0,014). Ao considerar que as melhores características definidoras são aquelas que maximizam simultaneamente tanto a Se (sensibilidade) quanto a Es (especificidade) e Ac (acurácia), teve-se: Perda de Apetite (Se=70; Es=71,6; Ac=71,5); Precisa de Ajuda para o Autocuidado (Se=70%; Es=657%; Ac=66%); Desconforto (Se=80,0%; Es=64,2%; Ac=65,3%) e Mobilidade Prejudicada (Se=80,0%; Es=55,2%; Ac=56,9%).

Conclusão:

A taxa de incidência de recuperação cirúrgica retardada é maior na rede pública de saúde quando comparada à rede suplementar. A identificação do diagnóstico possibilita instituir medidas protetoras que previnem prolongamento no tempo da recuperação cirúrgica e promover adoção de políticas para segurança do paciente cirúrgico

Introduction:

The accurate identification of the nursing diagnosis delayed surgical recovery (code 00100) can aid in the care plan, providing surgical safety to prevent harm to patients.

Objective:

To evaluate the nursing diagnosis delayed surgical recovery in surgical patients in a private healthcare system.

Method:

This is a prospective cohort study with a simple random sample of 144 participants. With this sample size, it can be stated that the proportions identified are considered at the 95% confidence level and at maximum posible percentage errors of 8.37%.

The inclusion criteria were:

Age equal to or greater than 18 years; Being on the second postoperative day, ie, after 24 hours of urological or general surgeries; Those who could be followed up until the moment of hospital discharge and who were available to answer a telephone call after one month of hospital discharge.

Exclusion criteria:

patients in readmission for surgical revision of procedures performed in the last 60 days. Data collection was carried out from March to September 2016 through an instrument of data production, whose variables were the defining characteristics and related factors of the nursing diagnosis delayed surgical recovery. Sociodemographic and clinical data obtained from the documentary analysis of the medical records were also collected and decoded through an assessment instrument. Statistical Package for the Social Science, version 22.0, and the program Microsoft Excel 2007 were used to analyze the data.

Results:

The incidence of delayed surgical recovery was estimated at 6.9%. The total hospitalization time (0.026) and the time of postoperative hospitalization (0.001) were distinct in both groups. The occurrence of the diagnosis was not related to age (0.505) nor to the sex of the patient (0.745); Or to the type of surgery, whether general or urological (0,309). Appendectomy was the most incident surgery estimated at 5.3%, together with Renal Calculus Removal, estimated at 7.1%.

The defining characteristics of the Diagnosis significantly associated were:

Impaired Mobility (0.033); Loss of appetite (p 0.011); Requires assistance for self-care (0.038) and Discomfort (0.014). When considering that the best defining characteristics are those that maximize both Se (sensitivity) and Sp (specificity) and Ac (accuracy), we have: Loss of Appetite (Se=70%, Sp=71.6, Ac=71.5); Requires assistance for self-care (Se=70%, Sp=65,7%, Ac=66%); Discomfort (Se=80.0%, Sp=64.2%, Ac=65.3%) and Impaired Mobility (Se=80.0%, Sp=55.2%, Ac=56.9%).

Conclusion:

The incidence rate of delayed surgical recovery is higher in the public health system when compared to the private system. The diagnosis identification makes possible to institute protective actions that prevent extension of the days for surgical recovery, and promote adoption of policies for safety of the surgical patient

Introducción:

La identificación precisa de los diagnósticos de enfermería de la recuperación quirúrgica tardía (código 00100) puede ayudar en la planificación de cuidado, proporcionando la seguridad de la cirugía para prevenir daños a los pacientes.

Objetivo:

Evaluar el diagnóstico de enfermería de la recuperación quirúrgica tardía en pacientes quirúrgicos en el sistema de salud privado.

Método:

Se trata de un estudio de cohorte prospectivo con una muestra aleatoria simple de 144 participantes. Con este tamaño de la muestra, se puede afirmar que las proporciones señaladas se consideran en el nivel de confianza del 95% y en el porcentaje de error máximo posible a 8,37%.

Los criterios de inclusión fueron:

edad igual o superior a 18 años; Estar en el segundo día del postoperatorio, es decir, postoperatorio mediato de cirugías urológicas o generales; Los que pudieron ser acompañados hasta el momento del alta hospitalaria y los que estaban disponibles para responder a una llamada telefónica después de un mes de alta hospitalaria.

Criterios de exclusión:

pacientes en readmisión de revisión quirúrgica de procedimiento realizado en los últimos 60 días. La colecta de datos se llevó a cabo de marzo a septiembre de 2016 tras el uso de instrumento de producción de datos, cuyas variables fueron las características definidoras y factores relacionados de diagnóstico de enfermería de recuperación quirúrgica tardía. Los datos sociodemográficos y clínicos obtenidos a partir del análisis documental de los registros médicos también fueron recogidos y decodificados a través de un instrumento de evaluación. Statistical Package for the Social Sciences, versión 22.0, y el programa Microsoft Excel 2007 fueron utilizados para analizar los datos.

Resultados:

La incidencia de retraso en la recuperación quirúrgica se estimó en 6,9%. El tiempo total de la hospitalización (0,026) y el tiempo de hospitalización postoperatoria (0,001) fueron distintos en ambos grupos. La ocurrencia del diagnóstico no estaba relacionada con la edad (0,505) ni al género del paciente (0,745); o con el tipo de cirugía, ya sea general o urológica (0,309). Apendicectomía fue la cirugía más incidente, estimada en 5,3%, junto con la extracción de cálculo renal, estimado en 7,1%.

Las características definidoras del diagnóstico que estuvieron significativamente asociadas fueron:

dificultad en el movimiento (0,033); Pérdida de apetito (p 0,011); déficit de autocuidado (0,038) y el malestar (0,014). Cuando considerado que las mejores características definidoras son aquellos que maximizam la Se (sensibilidad) y la Es (especificidad) y la Pr (precisión), tenemos: Pérdida de apetito (Se=70%, Es=71,6%, Pr=71,5%); Necesita ayuda para el autocuidado (Se=70%, Es=65,7%, Pr=66%); Malestar (Se=80,0%, Es=64,2%, Pr=65,3%) y el deterioro de la movilidad (Se=80,0%, Es=55,2%, Pr=56,9%).

Conclusión:

La tasa de incidencia de la recuperación quirúrgica tardía es mayor en el sistema público de salud en comparación con el sistema privado. La identificación del diagnóstico hace que sea posible instituir medidas protectoras que previenen la prolongación de la recuperación quirúrgica, y para promover la adopción de políticas para la seguridad del paciente quirúrgico