Puerpério e suas vivências como um processo de transição à luz da teoria de Afaf Meleis
Publication year: 2016
Meleis (2000) afirma que a gestação, o parto e o puerpério devem ser vistos como processos de transição desenvolvimental e situacional que requerem uma definição ou redefinição dos papéis a que o cliente ou familiar está envolvido. As demandas de cuidado de enfermagem para essas mulheres vão além das questões biológicas, a enfermeira obstetra deve dar ouvidos às demandas que as puérperas apresentam, a fim de facilitar o processo de transição no puerpério. Diante do exposto, este estudo tem por objeto o puerpério como um processo de transição.
Objetivos:
Descrever as vivências das mulheres no processo de transição puerperal; Analisar as vulnerabilidades que surgem nesse processo; Sugerir um modelo de cuidado de enfermagem a mulheres que estejam vivenciando o processo de transição puerperal à luz da Teoria das Transições de Afaf Meleis.Metodologia:
A pesquisa foi um estudo do tipo descritivo e exploratório com abordagem qualitativa. Os participantes desta pesquisa foram mulheres que passaram por um parto normal e consequentemente vivenciaram a experiência do puerpério. Decidiu-se utilizar o método Narrativa de Vida e a análise temática. Este estudo respeitou os princípios éticos conforme preconizado na Resolução CNS-466/12.Resultados e discussão:
A maternagem é um fenômeno do processo de transição puerperal, que traz consigo vivências tais como sentir-se mais responsável após o nascimento do bebê; abrir mão de suas necessidades em prol do bebê; a amamentação, com suas vivências positivas e negativas; sentimento de posse pelo bebê; e (re)sigificação do corpo; a maternagem apareceu como um indicador de processo. Esta pesquisa demonstrou que o puerpério põe a mulher em situação de vulnerabilidade e estes são fatores de inibição para uma transição saudável, são as vulnerabilidades sociais e individuais.
Meleis (2000) states that pregnancy, childbirth and the postpartum period should be viewed as developmental and situational transition processes that require a definition or redefinition of the roles that the client or family is involved. The nursing care demands for these women go beyond biological questions, the midwife must heed the demands that mothers can have in order to facilitate the transition process in the postpartum period. Given the above, this study is engaged in the postpartum period as a transition.