Práticas sexuais de jovens universitários e a vulnerabilidade às Infecções Sexualmente Transmissíveis

Publication year: 2017

Esse estudo é integrado a pesquisa “Sexualidade e vulnerabilidade dos jovens em tempos de Infecções Sexualmente Transmissíveis”, e tem como objetivo geral analisar a vulnerabilidade dos jovens universitários às Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST).

E como objetivos específicos:

identificar as práticas sexuais dos jovens universitários em seus relacionamentos afetivos; conhecer a percepção dos estudantes sobre a vulnerabilidade dos jovens para a aquisição de Infecções Sexualmente Transmissíveis e descrever as práticas adotadas pelos jovens para a prevenção das Infecções Sexualmente Transmissíveis. Estudo do tipo descritivo em abordagem qualitativa, desenvolvido em uma universidade particular no município do Rio de Janeiro com 30 jovens universitários, sendo 15 mulheres e 15 homens, na faixa etária de 18 a 29 anos. A coleta de dados ocorreu em três encontros com os estudantes e aplicação da técnica do grupo focal. Os dados foram analisados com emprego da técnica de análise de conteúdo temático-categorial operacionalizada com auxílio do software N Vivo 9.

Na análise dos achados emergiram três categorias:

As práticas sexuais dos estudantes universitários nos tempos atuais; Os jovens e a percepção de vulnerabilidade às IST - “Não vai acontecer comigo”; Infecções Sexualmente Transmissíveis - os jovens se preocupam com a prevenção? Cada categoria está estruturada com duas subcategorias. Os principais resultados evidenciam que na atualidade os jovens vivem a sexualidade sem restrições aos seus desejos e impulsos sexuais, demonstram liberdade de expressão, tendo novas tendências e padrões de relacionamentos, com maior diversidade de status de relacionamentos e multiplicidade de parcerias sexuais. As condutas sexuais dos jovens têm sido mais liberais, e baseadas em um estilo de vida de oportunidades. Em decorrência destes fatos, os universitários se reconhecem como uma população vulnerável. Foram percebidos aspectos da vulnerabilidade individual, social e programática nas condutas dos estudantes universitários, ou seja, a assunção de comportamentos de risco como a não adoção do preservativo de modo continuo em todos os intercursos sexuais, o uso de álcool e drogas que favorecem a exposição do grupo às IST. Pode-se concluir que as vulnerabilidades dos jovens universitários às IST têm uma característica multifacetada, decorrente de condutas sexuais inseguras que os torna susceptíveis para contrair Infecções Sexualmente Transmissíveis. Seria oportuno que os jovens fossem conscientizados da importância dos cuidados com a saúde sexual para a prevenção das IST. A educação sexual, além da escola, família, e as políticas públicas, poderiam auxiliar nesse processo e contribuir para a tomada de decisão do indivíduo, minimizando vulnerabilidades e agravos para a sua saúde.
This study is part of the research "Sexuality and Vulnerability of Young People in Times of Sexually Transmitted Infections", and its general objective is to analyze the vulnerability of university students to Sexually Transmitted Infections (STIs).

And as specific objectives:

to identify the sexual practices of university students in their affective relationships; learn the student’s perceptions of the vulnerability of young people to the acquisition of Sexually Transmitted Infections and describe the practices adopted by young people for the prevention of Sexually Transmitted Infections. A descriptive study in a qualitative approach, developed at a private university in the city of Rio de Janeiro with 30 university students, 15 women and 15 men, aged 18 to 29 years. The data collection took place in three meetings with the students with the application of the focal group technique. The data were analyzed with the analysis of the technique of thematic-categorial content operationalized with the help of software N Vivo 9.

During the analysis of the findings emerged three categories:

Sexual practices of university students in the present times; Young people and the perception of vulnerability to STIs - "It will not happen to me”; Sexually Transmitted Infections - Do Youth Care About Prevention? Each category is structured with two subcategories. The main results show that today young people live their sexuality without restrictions to their sexual desires and impulses, they demonstrate freedom of expression, they have new tendencies and patterns of relationships, with greater diversity of relationship status and multiplicity of sexual partnerships. Young people's sexual behaviors have been more liberal, and based on a lifestyle of opportunity. As a result of these facts, university students recognize themselves as a vulnerable population. Individual, social and programmatic vulnerabilities were observed in university students' behaviors, that is, the assumption of risk behaviors such as the non-adoption of the condom in a continuous way in all sexual intercourses, the use of alcohol and drugs that favor exposure of the IST group. It can be concluded that the vulnerabilities of university students to STIs have a multifaceted characteristic resulting from unsafe sexual behavior that makes them susceptible to contracting sexually transmitted infections. It would be appropriate for young people to be made aware of the importance of sexual health care for STI prevention. Sexual education, besides school, family, and public policies, could help in this process and contribute to the decision making of the individual, minimizing vulnerabilities and aggravations to their health.