Publication year: 2018
Introdução:
A contenção mecânica é usada na saúde para controlar temporariamente pacientes previamente confusos, desorientados, com risco de queda ou que tentam remover dispositivos que auxiliam em seu tratamento. Porém, dependendo do tipo e ou motivo da contenção, há controvérsias sobre sua adoção na prática clínica.
Objetivo geral:
Estimar a prevalência de contenção mecânica no ambiente hospitalar e os fatores associados à sua realização.
Objetivos Específicos:
Identificar as práticas de contenção mecânica no ambiente hospitalar; Estimar a proporção de pacientes que são contidos mecanicamente em hospitais; Investigar os fatores associados à aplicação de contenções mecânicas em hospitais; Elaborar um aplicativo sobre a contenção mecânica no ambiente hospitalar.
Método:
Estudo transversal, observacional e correlacional, com abordagem quantitativa. Optou-se como cenário de pesquisa as unidades de clínica médica, clínica cirúrgica e unidade de terapia intensiva de um hospital público do Estado do Rio de Janeiro. Os participantes da pesquisa foram 106 pacientes adultos internados nos setores selecionados.
Resultados:
Verificou-se que a prevalência de contenção mecânica entre os pacientes internados nesta instituição é de 51,4%. Em 100% dos contidos as contenções foram do tipo grades no leito sendo que em 29,8% delas os pulsos também estavam contidos. As justificativas mais prevalentes foram o risco de quedas (100,0%) e uso de dispositivos invasivos (57,9%). Os fatores associados à ocorrência de contenção mecânica foram sexo (masculino), unidade de internação (unidade intensiva), a não deambulação, uso de dispositivos invasivos (sonda nasoenteral, cateter vesical de demora, acesso venoso central e tubo orotraqueal).
Conclusão:
Este estudo constata que a contenção mecânica é uma realidade na assistência ao paciente no ambiente hospitalar. Sua alta prevalência demonstra que esforços precisam ser feitos para reduzir seu uso e garantir uma assistência de qualidade e segura para a população. Este estudo propõe a criação de um aplicativo, como instrumento prático de avaliação de risco do uso das grades no leito, de forma a fornecer suporte decisório à equipe de saúde frente à utilização da contenção mecânica no ambiente hospitalar
Introduction:
Mechanical restraint is used in health to temporarily control previously confused, disoriented patients who are at risk of falling or who attempt to remove devices that aid in their treatment. However, depending on the type and / or reason for the containment, there is controversy about its adoption in clinical practice.
Objective:
To estimate the prevalence of mechanical restraint in the hospital environment and the factors associated with its implementation.
Specific Objectives:
To identify the practices of mechanical restraint in the hospital environment; Estimate the proportion of patients who are mechanically restraint in hospitals; To investigate the factors associated with the application of mechanical restraints in hospitals; Elaborate an app about the mechanical restraint in the hospital environment.
Method:
Cross-sectional, observational and correlational study with quantitative approach. The clinical setting, surgical clinic and intensive care unit of a public hospital in the State of Rio de Janeiro were chosen as the research scenario. The study participants included 106 adult patients in the selected sectors.
Results:
It was verified that the prevalence of mechanical restraint among inpatients in this institution is 51.4%. In 100% of the cases the restraints were of the type bed rails, and in 29.8% of them the pulses were also contained. The most prevalent justifications were the risk of falls (100.0%) and use of invasive devices (57.9%). The factors associated with the occurrence of mechanical restraint were gender (male), hospitalization unit (intensive unit), nonambulation, invasive devices (nasoenteral catheter, delayed bladder catheter, central venous access and orotracheal tube).
Conclusion:
This study notes that mechanical restraint is a reality in patient care in the hospital setting. Its high prevalence demonstrates that efforts need to be made to reduce its use and ensure quality and safe care for the population. This study proposes the creation of an app, as a practical tool to assess the risk of bed rail use, in order to provide decision support to the health team regarding the use of mechanical restraint in the hospital environment