Significados e sentidos do familiar da mulher que vivencia o climatério: possibilidade de cuidado na perspectiva Heideggeriana
Publication year: 2018
Considera-se climatério uma fase da vida da mulher, que marca a transferência do período reprodutivo para o não reprodutivo, em que a menopausa fisiológica ocorre por volta dos 48 aos 50 anos. Estar em situação de climatério significa experimentar modificações e buscar por qualidade de vida, muitas vezes conhecida como de “perdas e ganhos”. É oportuno que profissionais da saúde atentem para modos de cuidar que favoreçam a autoestima e garantam uma vida saudável da mulher no climatério, pois o envelhecimento ativo e saudável é prioridade na agenda de saúde. A família é parte integrante das relações e, muitas das vezes, influencia o comportamento e as atitudes do outro perante a vida. A fenomenologia heideggeriana sustentou a abordagem desta pesquisa, que foi subjetiva, existencial e analítica. O objetivo foi desvelar o sentido de ser familiar da mulher que vivencia o climatério. Foram participantes quatorze familiares de mulheres cuidadoras formais de idosos cadastradas no CASIC/ UFF. As entrevistas fenomenológicas ocorreram após ser concedida aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Medicina/HUAP (CAAE 48559515.5.0000.5243). A análise possibilitou construir a historiografia e a historicidade, cinco Unidades de Significação compreendidas vaga e medianamente, seguidas da hermenêutica heideggeriana. Desvelou-se a medianidade do familiar em relação à mulher por um cotidiano marcado por falatório, ocupação e ambiguidade. O familiar também apresentou sua possibilidade de ser-com a mulher na vivência do climatério. Concluiu-se que o climatério, a partir da mulher que o vivencia, pode ser compreendido, interpretado e desvelado a fim de proporcionar mudanças políticas, acadêmicas, profissionais e de cuidados prestados nesta fase da vida no contexto da saúde
Climacterium is the time of a woman's life that marks the transfer from the reproductive to the non-reproductive period, in which the physiological menopause occurs, around the age of 48 to 50 years old. Being in a climacteric situation means experiencing modifications and searching for life quality, often known as "losses and gains". It is opportune that health professionals observe the ways of caring that promote self-esteem and ensure a healthy life for women in the climacteric period, since active and healthy aging is a priority in the health agenda. Family is an integral part of relationships, and often influences one's behavior and attitudes towards life. Heideggerian phenomenology supported this research approach, which was subjective, existential and analytical. The objective was to unveil the sense of being familiar to the woman who lives the climacterium. Participants were fourteen family members of elderly formal female caregivers enrolled in CASIC / UFF. Phenomenological interviews occurred after being approved by the Research Ethics Committee of the College of Medicine / HUAP (CAAE 48559515.5.0000.5243). The analysis made it possible to construct historiography and historicity, five units of significance which are vaguely and moderately understood, followed by Heideggerian hermeneutics. The relative mediation towards the woman was revealed in a daily routine marked by discussion, commitments and ambiguity. The relative also presented his possibility of being with the woman in the climacteric experience. It was concluded that the climacterium, from the woman who experiences it, can be understood, interpreted and unveiled in order to provide political, academic, professional and care changes at this stage of life in the health context